O número de denúncias de violência contra as mulheres aumentou em 70% este ano no Piauí. O triste é que mesmo as que têm coragem de denunciar vivem com medo. Uma dessas vítimas é uma mulher que referiu não se identificar. Segundo ela foram 17 anos escondendo essa dor de apanhar do ex-companheiro.

“Eu não sorria mais, eu não me arrumava. Todos os dias eu era agredida fisicamente e psicologicamente. Eu já não ligava para nada. Assim como eu, meus filhos também viviam com medo de tudo que estava acontecendo”, disse.

O Centro de Referência Esperança Garcia, localizado na Rua Lisandro Nogueira, já atendeu 232 mulheres em pouco mais de um ano de funcionamento. Foi no local que centenas de mulheres encontraram informação, a coragem e a segurança que precisavam, para fazer denúncias contra os parceiros, que as agrediam. São mais de 10 mil processos em andamento na promotoria especializada de Teresina, desde que a lei Maria da Penha começou a vigorar.

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foto de arquivo

Esses dados significam lágrimas, marcas encravadas na pele, sentimento de impotência, vidas e mortes. Histórias que podem até ter algo em comum, mas só a cada uma cabe a dor e a tristeza de saber o que é. As vozes que conseguem deixar as gargantas, já são milhares e ganham força sempre que se cria um novo mecanismo público para dar encorajamento.

“Esses trabalhos de informação da rede dos serviços assistentes e de delegacias e trabalhos preventivos na escola são importantes para auxilio das vítimas”, afirmou Macilene Gomes Batista, coordenadora municipal de políticas públicas para mulheres de Teresina.

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Foto de arquivo

Fonte: G1

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