A Prefeitura de Teresina enviou nota informando que também foi pega de surpresa com a paralisação dos rodoviários, mas que está tomando as medidas cabíveis para que a população não seja prejudicada. A nota chama o sindicato de “intransigente” e lamenta o fato.

A Prefeitura de Teresina informou que assim como os usuários foi pega de surpresa com a paralisação, já que o sindicato não fez a comunicação prévia com o mínimo de 24 horas, conforme as exigências legais. O percentual mínimo de 30% também não foi respeitado e por isso adotará as medidas cabíveis para que a população não seja prejudicada. 

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A Prefeitura lamenta a intransigência do Sindicato, sobretudo nesse momento em que a administração municipal tem feito o maior investimento no sistema de transporte público da capital, com construção doa terminais de integração, asfaltamento de ruas, implantação da integração e ainda a construção de corredores exclusivos de ônibus e novas paradas que estão em andamento.

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Os motoristas e cobradores dos ônibus iniciaram uma paralisação nesta quinta-feira (21). O transporte coletivo em Teresina não chegou a sair das garagens na manhã de hoje. A paralisação pegou diversos passageiros de surpresa já que não foi anunciado pela categoria. Por isso, não foi possível o cadastro de carros alternativos pela Prefeitura de Teresina para atender à população durante a paralisação, que segue por tempo indeterminado.

Em entrevista ao Cidadeverde.com, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (Sintetro), Fernando Feijão, informou que não foi realizado o pagamento da segunda quinzena do vencimento dos servidores.

“Estamos reivindicando apenas o pagamento da quinzena, pois o nosso salário é divido em duas quinzenais: 60% no dia 05 mais os tickets, e os 40% pago no dia 20, que seria ontem. A paralisação começou às 4h da manhã e irá até recebermos o salário”, disse Feijão.

A partir das 7h30, será liberado os 30% dos veículos como determinada a lei. Antes das 7h30, nenhum ônibus saiu das garagens.

Já o vice-presidente do Sintetro, Francisco das Chagas Oliveira, em entrevista ao Notícia da Manhã, acrescentou que, no momento em que o pagamento do salário for realizado, a categoria volta a trabalhar 100%.

“Primeiro eu quero lamentar o episódio porque é um problema entre prefeitura e empresa já que deixaram de honrar o pagamento. Por isso, nós, trabalhadores, decidimos cruzar os braços. Não temos perspectiva de receber os salários. Podemos convocar a categoria para aprovar uma greve”, acrescentou Francisco.

Para o presidente da Associação dos Usuários de Transporte Público de Teresina , José Borges de Sousa, a decisão do Sintetro em puxar uma paralisação sem informar previamente os passageiros foi equivocada. “Eu fiquei sabendo do movimento às 4h40 da manhã. Já passei por alguns bairros e está uma grande agonia. Isso é criminoso. Estamos publicamente repudiando essa paralisação. Eles pegaram a todos de surpresa. Eles pararam por que houve o atraso de um dia, nem conversaram. A população que sofre”, declarou José Borges.

Nota do Sintetro

O Sintetro vem a público repudiar a atitude adotada pelo Setut, em todas as quinzenas atrasar o pagamento dos trabalhadores em transporte coletivo de Teresina, alegando que só podem efetuar o pagamento dos trabalhadores caso a Prefeitura honre compromisso firmado com eles.

Não somos funcionários da prefeitura e nem tão pouco participamos de tal acordo e não estamos levando nada de vantagem com esse acordo, pelo contrário estamos sendo usados, obrigados a parar nossas atividades até recebermos o que nos é devido, levando os usuários a serem sacrificados.

Isso demonstra total falta de responsabilidades dos gestores que tomam conta do transporte público, não aceitaremos sermos tratados como bode expiatório de ninguém, lutaremos apenas por nossos direitos e caso o pagamento não se confirme ainda hoje amanhã o sistema de transporte urbano de Teresina amanhecerá parado.

A sociedade pode até achar que a culpa é nossa, mais os verdadeiros culpados são a Prefeitura e o Setut que querem brincar com a cara dos trabalhadores e principalmente com a sua, usuário, diante dessa situação onde todos (as) correm risco de ficar sem transporte.

Teresina 20 de julho de 2016
Fernando Feijão
Presidente do Sintetro – PI

Fonte: cidadeverde.com

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